PEDIATRA
Profissional responsável pelo bem estar e o tratamento de
moléstias em crianças e adolescentes
O QUE É?
O pediatra é o médico especializado na assistência a
crianças e adolescentes, seja no aspecto preventivo ou curativo. O pediatra
realiza consultas de rotina e acompanha o crescimento, mede e pesa a criança,
para comparar com exames anteriores, além de prevenir e tratar as possíveis
enfermidades. É o pediatra que orienta e aconselha a mãe desde o nascimento do
bebê, e acompanha seu desenvolvimento. Esse profissional tem a responsabilidade
de auxiliar os pais na formação da criança, pois é nessa fase que o ser humano
se constitui, tanto fisicamente quanto biologicamente. Também é de
responsabilidade do pediatra garantir o bem estar e a saúde da criança, visando
a prevenção de doenças em seu diagnóstico rápido.
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS?
Para ser um pediatra, além de todo o conhecimento adquirido
na faculdade de medicina, também é necessário que o profissional entenda de
psicologia, principalmente a infantil, para assim se integrar cada vez mais a
dinâmica familiar. Além disso, outras características interessantes são:
gosto pela medicina e pelas ciências biológica
gosto por crianças
capacidade de observação
capacidade de organização
responsabilidade
metodologia
facilidade para lidar com as pessoas
pró-atividade
dinâmica
interesse pelos sistemas do corpo humano
discrição
autocontrole
QUAL A FORMAÇÃO NECESSÁRIA?
Para ser um pediatra é necessário possuir diploma de curso
superior em Medicina, com duração média de seis anos, e posterior
especialização (equivalente a pós-graduação) ou residência na área de Pediatria
de alguma instituição de saúde, cuja admissão é feita mediante concurso
ou prova/seleção, com duração mínima de 2 anos, sendo o terceiro ano opcional
em algumas instituições, para a pediatria geral. Para subespecialidades, são
necessários mais 1 ou 2 anos (até 3 ou 4 dependendo no que o médico quer se
especializar). Para a Residência Médica há exigência de carga horária
obrigatória de 60 horas/semana, pondendo ou não contar com bolsa-auxílio, já
saindo da residência como pediatra. Para os que fizerem pós-graduação, com
carga-horária reduzida, sem bolsa, fora do vínculo de Residência Médica, o
profissional deve prestar prova de título ao final do curso, na SBP (Sociedade
Brasileira de Pediatria), para então poder denominar-se pediatra. É
imprescindível que o curso escolhido seja de qualidade e reconhecido pelo MEC
(Ministério de Educação e Cultura). O curso de Medicina engloba matérias como:
anatomia e fisiologia dos diferentes sistemas do corpo humano, biologia, bioquímica,
biologia molecular, genética, patologia, medicina preventiva, farmacologia,
epidemiologia, psicologia médica, ente muitas outras matérias que tratam de
todos os sistemas do corpo e especializações da medicina. É importante que o
profissional se atualize constantemente por meio de cursos, palestras e
workshops, para se manter sempre informado sobre novos métodos e técnicas de
tratamentos e diagnóstico.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
realizar consultas com os pais e a criança
orientar os pais sobre a importância da consulta periódica
com o pediatra, da amamentação, da alimentação adequada e informar sobre as
fragilidades infantis e sobre a formação física, biológica e mental durante a
infância
fazer perguntas sobre a história familiar
pesquisar os hábitos e condições de vida da criança
acompanhar o crescimento, medindo peso e atura e comparando
com os exames anteriores e com a média normal para a idade
examinar o funcionamento dos sistemas infantis
verificar queixas
diagnosticar possíveis moléstias
solicitar exames detalhados
receitar o tratamento adequado em cada caso
acompanhar o tratamento, verificando melhora do quadro
clínico e mudanças necessárias no método de tratamento
acompanhar tratamentos mais específicos com outros médicos
acompanhar a imunização (vacinação)
acompanhar a amamentação
orientar a mãe durante o desmame da criança, informar a
alimentação adequada em cada época da vida da criança
tirar as dúvidas dos pais quanto ao desenvolvimento normal
da criança
ÁREAS DE ATUAÇÃO E ESPECIALIDADES
O pediatra trabalha sempre com crianças, na área clínica ou
hospitalar, seja da rede pública ou privada. Esse profissional pode trabalhar
de duas formas:
na puericultura: é a área voltada a prevenção e
acompanhamento do desenvolvimento de todos os sistemas. Estima-se que,
atualmente, 40% do trabalho clínico do médico se dirige a puericultura, e o
maior objetivo atual é, com o aumento cada vez maior da expectativa média de
vida, é a prevenção de doenças crônicas nos adultos e idosos. Para tal o
profissional observa e tenta eliminar os hábitos nocivos, para evitar doenças
como obesidade, diabetes, hipertensão, aterosclerose, etc.
na área curativa: essa área é responsável por administrar as
técnicas de tratamento às mais diversas patologias e pesquisar métodos que
ajudem na rapidez do diagnóstico. Esse tipo de pediatria é a que trata das
moléstias da criança ou adolescente.
MERCADO DE TRABALHO
O mercado de trabalho para o profissional da saúde sempre é
amplo. A precariedade da saúde pública faz com que haja constante necessidade
de profissionais para servir a população. A rede particular também demanda
muitos profissionais, pois o tratamento da criança é muito importante na sua
formação física, biológica e mental. ONGs (Organizações Não Governamentais)
também contratam profissionais para realizar trabalhos sociais na área. O
importante para se destacar no mercado é a constante atualização por meio de
cursos, pois a área da saúde apresenta grande campo de trabalho e
especializações sempre são um diferencial.
CURIOSIDADES
História da Pediatria Até o século XIX, a capacidade de
resolução das moléstias da medicina ainda era muito baixa, e a mortalidade
infantil muito alta, pois as condições de higiene, saúde e diagnóstico eram
precárias. A partir do final do século XIX, foram sendo criadas cada vez mais
especializações dentro da medicina, como exemplo da pediatria. O reconhecimento
e a institucionalização dessa especialidade foram difíceis, pois muitos não
compreendiam a diferenciação da medicina voltada ao adulto e da medicina
voltada a criança. O argumento utilizado foi o da necessidade de uma semiologia
e uma terapêutica que enfatizasse as características e fragilidades das
crianças. Nas grandes cidades brasileiras começaram a se formar agrupamentos de
pediatras interessados no crescimento da profissão. A sociedade de pediatria do
Rio de Janeiro foi fundada em 1910 e possuía apenas 67 sócios. A partir daí a
profissão cresceu e só em 1951 a sociedade se nacionalizou e passou a ser
chamada de Sociedade Brasileira de Pediatria.
Leia mais em:
Sociedade Brasileira de Pediatria
Sociedade de Pediatria de São Paulo
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